In 1984 almost 60% of the Brazilian films released in theaters were pornographic films. From 1984 to 1989, hardcore pornographic films remained a huge market. Therefore, it is impossible to completely understand the history of Brazilian Cinema without having access to these films. There was a whole demographic who weren't specifically interested in other genres of Brazilian cinema, but were rather interested in going to the theater to see pornos. While these films were very popular in the cinemas, they were not as popular among critics and academics, who overlooked their many aesthetic achievements and ideological rebelliousness. But these films were later rediscovered by a new generation of Brazilian cinephiles on the TV station Canal Brasil.Unfortunately, today, few copies of these Brazilian pornographic films exist on film anymore. Many Brazilian porn producers telecined their films to VHS and then threw out the negatives. Therefore, some VHS copies of these films have become preservation elements, and the titles are stuck in a pixelated existence until they one day fade away altogether. FilmmakerJoão Pedro Faro's new video-piece Cripta I plunges into that pixelated existence. Faro, like many Brazilian cinephiles, critics, and academics today, is an unabashed fan of Brazilian erotic and pornographic films. “People generally avoid these images. I feel attracted to them,” claims the voiceover in the film. In Crypt I, Faro celebrates his own fascination with Brazilian 80s erotic and pornographic films, recognizing that they have far more to offer to the viewer than the cinema scholars of their time would care to admit. WithCripta I , Faro brings together a montage of faces and glances from 80s Brazilian erotic and pornographic films. He highlights moments of rupture, when the female Brazilian porn actors look into the cameras and provide, through a single glance, privileged cinephilic moments rooted in lust, beauty, longing, sexual liberation, wander, and humor. Yet there is a pixelated and colorized veil over these faces in Cripta I. The video begins in clarity, revealing a shot of an innocent woman's face, but then suddenly the images become distorted and degraded. Thus, in just four-minutes, Faro calls attention to both substance and state. He looks both internally and historically to recognize the eventual death of the cinematic genre he loves - “I adore death”.
Em 1984, quase 60% dos filmes brasileiros lançados nos cinemas eram pornográficos. De 1984 a 1989, os filmes de sexo explícito se mantiveram um enorme filão. Portanto, é impossível entender completamente a história do cinema brasileiro sem ter acesso a estes filmes. Havia uma parcela da população que não tinha interesse específico por outros gêneros do cinema brasileiro, mas sim em ir ao cinema para ver filmes pornográficos. Embora estes filmes fizessem sucesso nos cinemas, não eram tão populares entre os críticos e acadêmicos, que ignoravam suas muitas conquistas estéticas e rebeldia ideológica. Mas estes filmes foram posteriormente redescobertos por uma nova geração de cinéfilos brasileiros no Canal Brasil.Infelizmente, hoje em dia, poucas cópias destes filmes pornográficos brasileiros existem em película. Muitos produtores brasileiros de pornografia telecinaram seus filmes para a VHS e jogaram fora os negativos. Portanto, as cópias VHS de muitos destes filmes se tornaram elementos de preservação, e os títulos estão confinados numa existência pixelada, até que um dia se desvanecem completamente.O novo vídeo-ensaio Cripta I, do cineasta João Pedro Faro, mergulha nessa existência pixelada. Faro, como muitos cinéfilos, críticos e acadêmicos brasileiros de hoje, é um fã incondicional dos filmes eróticos e pornográficos brasileiros. "As pessoas geralmente evitam estas imagens. Eu me sinto atraído por elas", afirma a locução no filme. Em Cripta I, Faro celebra seu próprio fascínio por filmes eróticos e pornográficos brasileiros dos anos 80, reconhecendo que eles têm muito mais a oferecer ao espectador do que os estudiosos do cinema de sua época gostariam de admitir.Com Cripta I, Faro reúne rostos e olhares dos filmes eróticos e pornográficos brasileiros dos anos 80. Ele destaca momentos de ruptura, quando as atrizes pornográficas brasileiras olham para as câmeras e proporcionam, através de um único olhar, momentos cinéfilos privilegiados enraizados na luxúria, beleza, desejo, libertação sexual, divagação e humor. No entanto, há um véu pixelizado e colorido sobre estes rostos em Cripta I. O vídeo começa com clareza, revelando o plano do rosto de uma mulher inocente, mas de repente as imagens ficam distorcidas e degradadas. Assim, em apenas quatro minutos, Faro chama a atenção tanto para a substância quanto para o estado da imagem. Ele olha tanto interna como historicamente para reconhecer a eventual morte do gênero cinematográfico que ele ama - "Eu adoro a morte".